sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Insights do cotidiano...

 
 
Não sei se a vida é curta ou longa para nós, mas sei que nada do que vivemos tem sentido, se não tocarmos o coração das pessoas.
Muitas vezes basta ser: colo que acolhe, braço que envolve, palavra que conforta, silencio que respeita, alegria que contagia, lágrima que corre, olhar que acaricia, desejo que sacia, amor que promove.
E isso não é coisa de outro mundo, é o que dá sentido à vida. É o que faz com que ela não seja nem curta, nem longa demais, mas que seja intensa, verdadeira, pura enquanto durar. Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina.
Cora coralina.

Um comentário:

  1. Às vezes é a vida monótona de cada dia que nos traz em toda a sua crueza as interrogações mais profundas do nosso ser: “TUDO ISTO PARA QUÊ?” VIVO PORQUÊ? VALE A PENA VIVER ASSIM? TEM SENTIDO ESTA VIDA?”
    O Risco é sempre a fuga. Encerramo-nos simplesmente na ocupação de cada dia. Viver sem interioridade. Caminhar sem bússola. Não refletir. Perder inclusive o desejo de viver com mais profundidade.
    Não é tão difícil viver assim. Basta fazer o que fazem quase todos. Seguir a corrente. Viver de maneira mecânica. Substituir as exigências mais radicais do coração por toda a espécie de “necessidades” supérfluas. Não escutar nenhuma outra voz. Permanecer surdo a qualquer chamamento profundo.
    O relato da cura do surdo é um chamamento à abertura e à comunicação. Aquele homem surdo e com dificuldade de falar, fechado em sim mesmo, incapaz de sair do seu isolamento, tem que deixar que Jesus trabalhe os seus ouvidos e a sua língua. A palavra de Jesus ressoa também hoje como um imperativo para cada um de nós: “ABRE-TE!” e “OUÇA-ME!”
    Quando não escuta os anseios mais humanos do seu coração, quando não se abre ao amor, quando, definitivamente, se fecha ao Mistério último que nós, os crentes humanos, chamamos DEUS, a pessoa separa-se da vida, fecha-se à graça e fecha as fontes que a poderiam fazer viver.
    Homilía baseada no texto do livro "O Camino Aberto por Jesus "de José Antonio Pagola , Gráfica de Coimbra 2, 2011

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